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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PRE ABATE E ABATE



Objetivos


Manejar a fase final do processo de produção, de tal forma que os frangos sejam transferidos ao abatedouro em condições ótimas, assegurando que requisitos do processamento sejam atendidos e que sejam mantidos os padrões de bem-estar animal.

Manejo


Para melhorar a qualidade do produto no abatedouro, é essencial que determinadas ações sejam tomadas nas granjas alguns dias antes dos frangos irem para o abate.

Quando se faz uso de crescimento modificado através da prática de programas de luz, é necessário que se retorne às 23 horas de luz durante um período de pelo menos uma semana antes do abate.

Para evitar resíduos anticoccidiostáticos na carne, uma ração pré-abate ou de retirada deve ser fornecida cerca de cinco dias antes do primeiro abate. O acesso à água deve ser livre, pelo maior tempo possível.

Durante o transporte, há grande contaminação bacteriana na carcaça através das fezes eliminadas, sujando penas e pés. Também pode ocorrer a contaminação da carcaça pela perfuração do intestino durante a evisceração. A contaminação por ambos caminhos pode ser limitada se retirada a alimentação nas últimas 8 a 10 horas anteriores ao abate. Se o período de jejum for prolongado, inicia-se a passagem de água dos tecidos musculares para o trato digestivo, aumentando o nível de contaminação e causando acentuada queda no rendimento da carcaça. O período de jejum é diagnosticado com a presença de fezes líquidas durante a espera do abate.

Captura


Esta é a área de maior estresse para o frango. A operação de captura deve ser cuidadosamente planejada e supervisionada de perto durante todos os estágios. O manuseio dos frangos ou maquinarias (ex: ceifeiras, empilhadeiras, etc.) deve ser limitado a pessoal treinado, a fim de evitar “lutar” com as aves, minimizando arranhões, hematomas, contusões ou outros machucados.

Deve-se reduzir a luz do aviário a um mínimo de intensidade que permita a captura segura e cuidadosa. Os melhores resultados são alcançados quando se permite que as aves se acomodem depois que a iluminação for diminuída e quando há o mínimo de perturbação.

Para neutralizar os efeitos da ventilação pela abertura das portas e remoção das aves, o uso de toldos é vantajoso e o sistema de ventilação deve ser cuidadosamente ajustado.

Os frangos devem ser apanhados pelos pés e canelas, nunca pelas coxas. Para minimizar os prejuízos, danos e lesões causados quando as aves se debatem, é recomendado que elas sejam seguras pelas costas, uma a uma, e gentilmente acondicionadas nos engradados. Nunca apanhe os frangos pelas asas. Os engradados nunca devem ser superlotados para evitar altas temperaturas.

O tempo de transporte deve estar dentro do padrão estipulado por legislação.

Abate


O abate deve ser bem planejado para fornecer carcaças de boa qualidade ao abatedouro. A fim de minimizar prejuízos e reduzir a depreciação da carcaça, atenção especial deve ser dada às seguintes áreas:

· Qualidade, profundidade e condições da cama.
· Densidade de alojamento.
· Métodos de captura e manuseio do frango.
· Transporte e tempo de engradamento.
· Intensidade de luz antes do abate.

É importante lembrar que a responsabilidade do criador não termina no momento em que as aves vivas são entregues nos abatedouro, pois a eficiência do abate, sangramento, depenamento, etc., são fatores que dependem do tratamento oferecido nos estágios anteriores.

Destino das carcaças descartadas
Não menos importante que os demais cuidados, a remoção das carcaças é fundamental para evitar a multiplicação e disseminação de microorganismos  patogênicos dentro do aviário. A retirada das aves descartadas ou mortas deve ser feita rotineiramente, removendo-as para fossas sépticas, incinerando-as ou trabalhando-as em compostagem. 
    
A incineração depende de equipamentos adequados e é indicada quando ocorrer um problema sanitário grave. As fossas sépticas são eficazes para as remoções diárias das carcaças, desde que devidamente edificadas. Devem ser construídas em local seco, longe de lençóis freáticos a uma distância mínima de 200 metros do aviário, providas de um telhado e tampa de encaixe.

    
A compostagem é um processo eficiente para o descarte dos resíduos da produção e requer um investimento baixo para a construção da composteira. Essa deve ser construída perto do aviário, evitando grande deslocamento de dejetos e aves mortas. No processo de compostagem são utilizados, principalmente cama de aviário, carcaças, uma fonte de carbono e água. Requer cuidados na  adequações de temperatura e umidade durante o processo. 

    
O programa de biosseguridade requer constante aperfeiçoamento. Proteger a saúde do plantel, melhora os resultados de produção e colabora para o equilíbrio e segurança de todo o setor produtivo. Os benefícios individuais da adoção do programa de biosseguridade são multiplicados quando todo o setor produtivo está envolvido.


Compostagem

O manejo da compostagem é feito colocando no piso revestido da composteira, 30 cm de uma fonte de carbono que  também permite a aeração das carcaças, podendo ser:  maravalha nova, palhada de qualquer cultura ou cama de aviário. Adicionar uma camada de carcaças, deixando um espaço de 15 cm entre as aves e as paredes, sem amontoar as aves. Rodear as carcaças com o material aerador até quase cobri-las. Acrescentar água na proporção de um terço do peso das aves (para cada 10 kg de aves acrescentar 3 litros de água). Cobrir com uma camada de 15 a 20cm de material aerador seco. Continuar colocando as carcaças rodeadas pelo material aerador, acrescentando água e cobrindo com nova camada de material aerador até atingir 1,50 m de altura. Fecha-se a pilha acrescentando uma camada espessa de material aerador seco e deixando fermentar, no caso de frangos de corte,  por 10 dias. A fermentação diminui o volume das carcaças permitindo que se trabalhe até 600kg de carcaças em uma câmara de 2x2x2m, com altura da pilha de 1,50m. Após os 10 dias pode-se retirar o composto da câmara e refazer a pilha em camadas, acrescentando água, deixando outros 10 dias para a fermentação total dos resíduos. Após esse prazo o material pode ser utilizado como adubo ou ser mais uma vez utilizado como material aerador na formação das novas pilhas.
Biodigestão anaeróbia

A biodigestão anaeróbia é um processo de tratamento que ocorre dentro de biodigestores, sendo dependente de uma série de condições físicas, químicas e microbiológicas para ser realmente eficiente. Como a cama de aviário tem sua geração de forma periódica, o tipo de biodigestor mais adaptado a esta é o denominado Biodigestor Batelada.

O manejo cotidiando deste tipo de biodigestor é muito simples não demandando elevada mão de obra para realiza-lo, mas a qualidade deste manejo, entendida como o conhecimento que o produtor tem sobre o sistema e o processo, é fundamental para que o resíduo seja realmente tratado.


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